terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Literatura: Matéria realmente necessária?

Estou acabando de assistir uma aula de Literatura. Ouço falar sobre Romantismo em Portugal. Todos os alunos conversam e o tempo não passa. Ouço falar muito sobre Machado de Assis, O Guarani e outras obras e autores da Literatura Brasileira e Portuguesa. Ouço também que é uma matéria bastante discutida nos vestibulares. Mas, por que essa cobrança?
A verdade a qual fomos idealizados é a que temos que estudar o passado para entender o futuro. Mas, de certa forma, em que a Literatura nos ajuda a entender o que somos agora? Em que ela está beneficiando nossas escritas? O que vejo são poemas com linguagens bastante antigas e versos os quais leio 10 ou 15 vezes para tentar entender o que quer dizer. Não que eu seja contra o conservadorismo e a cultura antiga, mas precisamos nos reciclar.
O que ocorre é que temos um sistema de educação falho e antigo. O vestibular é uma seleção onde existe um modelo padrão há muito tempo que assim como a Literatura, deve ser renovado.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vergonha de ser Baiano.

Semana passada aconteceu algo inusitado: Eu estava no escritório do meu pai com meu irmão e eles começaram a falar sobre uma certa música dessas de pagode. Acho que o nome da banda era Black Style, nome bem interessante para explorar a descriminação, o preconceito, a desigualdade. Mas não era isso, aliás, longe disso. Ouvi versos como, “Ela é uma cadela”, “Me dá a patinha”, e nesse exato momento que eles estavam me mostrando o vídeo da música e achando aquilo tudo engraçado, eu pensei : Que vergonha de ser baiano!.
Acredito que os falsos moralistas, devem dizer: Isso é a cultura baiana, a nossa cultura! Mas o meu conceito de cultura vai naquilo que me acrescenta algo, alguma coisa construtiva, que eu aprenda, diferente desse tipo de música que só faz denegrir a idealização do amor, banalizar o sexo e estimular a violência e o consumo de drogas.
Nessas horas eu me pergunto: De quem é a culpa? Seria do governo, que não dá a educação suficiente para a população saber discernir músicas de qualidade? Seria da sociedade, que deixou esse tipo de “manifestação musical” entrar e tomar posse dos nossos ouvidos? De quem é eu não sei, apenas vejo os futuros cidadãos e cidadãs da nossa sociedade “esfregando a xana no asfalto” e “ralando o parreco”.